Fumaça de cigarro
Odiava aquele cheiro maldito, mas agora sabia que não sentiria nunca mais, maldito cigarro vitimou seu avô e agora seu pai, o enterro tinha sido difícil, os dias posteriores seriam piores com certeza, cuidar da mãe e das irmãs, essa era sua obrigação agora, sentou-se no sofá, estava realmente desesperado, não tinha mais emprego, estavam quase sem dinheiro, e agora? Recostou-se no sofá e fitou o teto, fechou os olhos por um segundo, de repente aquele cheiro invadiu com força as suas narinas, sentiu uma pressão em seu ombro, não abriu os olhos, a partir daquele momento soube que tudo ia dar certo.
Gás
Fez a comida, aconchegou-se nas cobertas, ligou a TV e começou a comer o macarrão que havia feito, depois de terminar sentiu um leve odor, será que esqueceu o fogão ligado? Não, sempre tivera muito cuidado com esse tipo de coisa, mas mesmo assim foi verificar, o fogão estava normal assim como a mangueira e o botijão do gás, ficou desconfiado mas voltou para o quarto, estava para começar seu filme favorito, continuou sentindo o cheiro mas imaginou que fosse no vizinho ou em outro lugar, levantou-se durante os comerciais para ir ao banheiro e então ficou tonto, havia respirado muito gás, olhou perto da porta e viu uma fina mangueira, quem poderia fazer aquilo? Sua ultima visão foi uma pequena faísca perto da janela.
Couro
Entrou na casa daquele homem e foi direto ao banheiro, não gostava de entrar em casa de estranhos, mas não havia nenhum outro local onde pudesse se aliviar, e recusava-se absolutamente a fazer isso no mato, usou o banheiro e quando, já de saída, procurou o dono da casa para agradecer-lhe, viu uma coisa um tanto quanto perturbadora, um abajur de couro, porém com uma bonita tatuagem de sereia, isso não podia ser outra coisa se não pele humana, mas isso era absurdo, não podia ser, olhou para outro canto e viu uma outra luminária mas desta vez com uma tatuagem única de cavalo, mas era impossível, sua namorada estava no carro, olhou pela janela e até o carro havia sumido, sentiu a pancada em sua cabeça e acabou virando uma luminária.
Pular corda
Sempre gostara daquela brincadeira, desde muito pequena até sua juventude brincou daquilo que encarava como um verdadeiro exercício físico, quando sua filha completou idade razoável, deu sua antiga corda, a filha pareceu amar o exercício que ela outrora também amou, a única coisa que esqueceu de ensinar à filha foi para não brincar na rua, o motorista não viu a garota, sua mãe ficou arrasada, parou de fazer tudo, entrou em depressão profunda, à beira do desespero total, escutou um característico bater de corda no chão, foi então que teve a coragem necessária para puxar o gatilho.
Gasolina
Saiu de casa de manhã cedo, tinha que chegar ao trabalho antes do horário, o carro ligou, mas estava quase sem combustível, resolveu que passaria num posto perto de casa, ainda estava escuro, mas postos de gasolina não fecham nunca, estava chegando e viu que o posto estava com todas as suas luzes apagadas, exceto uma, chamou de dentro do carro para ver se algum frentista viria, mas ninguém veio, resolveu entrar, o que viu foi horrível, o frentista com a cabeça esfolada, pisou em algo molhado, alguém lá fora acendeu um isqueiro, queimou junto com a vítima do assalto que deu errado.